Cristo ressuscitou verdadeiramente! Aleluia! Aleluia!

Ele é a nossa Páscoa, a festa florida da Vida nova!

1. A Páscoa florida e cheia de páscoas brancas, no jardim da Igreja, está a ser celebrada em templos vazios de fiéis. Mas o Espírito de Jesus Ressuscitado está vivo e anima o coração dos fiéis, dando-lhes a vida nova. 

Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria. Aleluia! 

Dai graças ao Senhor porque Ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia! “Vemos Jesus coroado de glória e de honra por causa da morte que sofreu” (Hebr 2, 9b). Por isso, “Deus ressuscitou Jesus ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se…” (Act 10, 40). A liturgia Pascal canta este hino, dizendo: “Este é o Dia glorioso em que Cristo triunfou, na alegria da mais bela primavera (…)”.

Somos uma “Igreja em saída”, em renovação, um “hospital de campanha” (Papa Francisco) com igrejas vazias, sem fiéis, sem visita pascal — que estranha sensação para os fiéis e os pastores; uma Igreja que é verdadeira comunidade reunida espiritualmente, mistério de comunhão, chamada a crescer como povo sacerdotal, povo de batizados no caminho da santidade.

2. O Cordeiro Pascal que foi imolado é Cristo, nossa Páscoa. Ele é a nossa Luz, o Ressuscitado, que, na noite escura da Paixão e da Morte, venceu. Destruindo o pecado, ofereceu ao mundo a Vida nova. 

Cristo Ressuscitado é a nossa esperança e a alegria de viver a vida com sentido. Ele está connosco para sempre na Palavra, na Eucaristia e nos pobres e doentes, nos sem abrigo. 

Os cristãos, a vivermos a Páscoa em isolamento social, temos uma certeza: a de que Jesus está vivo e presente no meio de nós. E como disse aos seus discípulos, também hoje diz a cada um de nós: Eu sou o Ressuscitado, Aquele que estive morto, mas agora vive. E diz-nos também: “A paz esteja convosco. Não temais, sou Eu que estou aqui convosco”.

3. As Sagradas Escrituras explicam-nos, no texto que descreve a experiência do encontro dos discípulos de Emaús com Jesus Ressuscitado, algo de único: Cristo vive! “Deus ama-te” (…)! “Ele entregou-Se por ti” (…)! “Ele vive” para ti! É o teu melhor amigo!

Cristo Ressuscitado traz-te sempre a alegria e a felicidade, na novidade e originalidade da sua presença no meio de nós: este ano, no sofrimento e na provação, no isolamento da nossa casa e da nossa família, sentados à volta da mesa como os discípulos de Emaús. Ele dá-se a conhecer ao partir do pão, como fez com os discípulos de Emaús. Faz-nos o convite para fazermos uma verdadeira comunhão espiritual com Ele, em família, “Igreja doméstica”. Diz a todos os que celebram esta Páscoa: comungai o “Meu Corpo” em verdadeira comunhão espiritual. Eu estou Vivo. Eu sou o Cordeiro Pascal que foi imolado, o Pão Ázimo da alegria e da partilha, oferecido a cada um de vós. 

Peço aos sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos empenhados na vida das paróquias que tenham a coragem de levar Cristo Ressuscitado a todas as pessoas e a todos os lugares e ambientes, através das novas tecnologias…

4. Convido-vos a iniciar, na Sexta-Feira Santa, a novena da Divina Misericórdia; a rezar o Terço da Misericórdia para pedir, com fé, esperança e confiança, a Jesus, o Ressuscitado, o fim da pandemia Covid-19. 

Celebremos, no 2º Domingo da Páscoa, a Festa da Divina Misericórdia, com o olhar e o coração no horizonte da Vida nova que nos oferece Cristo Ressuscitado, e, com gratidão, rezemos como Santa Faustina : “JESUS, EU CONFIO EM VÓS”.

5. Desejo Santas Festas Pascais a todos! Sim, a todos, de modo especial aos profissionais de saúde, aos cuidadores que nos hospitais, lares, misericórdias, instituições e em casa servem os doentes e os idosos. Que as crianças, os jovens, os padrinhos, os afilhados, as famílias, não deixem faltar a ninguém a alegria do folar da amizade, do acolhimento da cruz, da escuta da palavra, da compaixão pelos que sofrem, da misericórdia pelos pecadores e da presença solidária. Que partilhemos as amêndoas dos afetos e da alegria com toda a humanidade fragilizada, ferida, magoada e doente. Olhemos com alegria para o nosso mundo, cheios de esperança, sinal da Páscoa florida, feita de pequenos sinais e gestos; pequenas páscoas que são presença de vitória e de confiança n´Aquele que foi levantado na Cruz para nos salvar e curar as nossas enfermidades.

6. Como batizados, como cristãos, estamos todos “na mesma barca”, a Igreja, que nos conduz a porto seguro. Com Cristo, aspiremos às coisas do alto! Quando tudo isto terminar, com certeza seremos melhores e estaremos mais disponíveis para seguir e servir a Cristo, o nosso Cordeiro Pascal.

“A alegria que os Apóstolos experimentaram na Ressurreição de Cristo, superou qualquer outra alegria que eles tiveram quando Jesus estava 

ainda com eles no seu corpo mortal…” (Santo António de Lisboa).

Com Maria, a Senhora da Alegria, e São José, com Santa Maria Madalena e São João, sejamos testemunhas verdadeiras do Ressuscitado. 

Santas Festas Pascais, com a bênção de Jesus Cristo Ressuscitado, para quantos vivem no território florido desta nossa querida Diocese de Viseu.

Viseu, 2 de abril de 2020

O vosso pastor e irmão, que muito vos estima,

+ António Luciano dos Santos Costa, Bispo de Viseu

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