Caros Paroquianos do Campo, a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja sempre convosco. Devem questionar-se por que recebem uma carta da Comunidade nas vossas casas. São muitos os motivos que nos levam a fazê-lo, mas o principal é imitar o que Nosso Senhor fez. Que foi dar e dar-se a conhecer.
Como sabemos, a nossa Comunidade tem um novo pároco. O Padre Abel abraçou uma nova missão e outros desafios. O Senhor assim lhe pediu e o seu sim foi generoso. Damos graças pelo seu serviço junto do povo de Deus desta Comunidade. Desde setembro de 2020, a Congregação da Missão (Vicentinos) assumiu o cuidado pastoral desta Paróquia, tendo eu, Pe. João Soares, sido designado para vos servir, guiando-vos pelos caminhos de Deus.
Com esta carta, temos o objetivo de informar sobre a nova equipa missionária, mas também recordar que a nossa Comunidade necessita da colaboração de todos. Na casa de Deus não existem excluídos, nem abandonados. Como Ramos na Videira todos somos filhos de Deus. Portanto, se somos filhos de Deus, se somos batizados, todos temos uma missão nesta terra, e na nossa comunidade.
Sabemos que os tempos são difíceis e a nossa vida torna-se, muitas vezes, uma grande correria; por isso, nem sempre conseguimos ter tempo para Deus. Colocamos Deus num segundo plano com a esperança de um dia ganharmos o tempo que não temos, a esperança que perdemos, a fé que não alimentamos e a caridade que não praticamos. Todos certamente temos bons motivos, motivos fortes e razoáveis para não Lhe dedicar esse tempo, mas creio que basta um bom motivo para podermos retomar esta relação perdida. No fundo, o amor de Deus é isto mesmo: encontrar os desencontrados.
A paróquia está ao seu dispor, mas precisa de si! A muitos níveis. Necessita de si para celebrar, necessita de si para novos projetos, como é a renovação da Igreja Matriz. Necessita de si para a sustentação do culto e da vida pastoral. Sabemos que muito do que a Paróquia tem é fruto de um trabalho de rua, trabalho esse que, devido à situação que vivemos, nos é impossível fazer. Por isso, apelamos à generosidade de todos para que os projetos possam a continuar a avançar e para que as despesas ordinárias da nossa Paróquia possam continuar a ser cobertas. Sem a generosidade de todos e de cada um, a Comunidade não se pode sustentar.
Para facilitar, enviamos, juntamente com esta carta, um folheto onde se indicam as várias formas de nos fazer chegar o seu donativo. Sabemos que, para muitos de vós, a situação pandémica atual deixou mazelas na economia familiar. Por isso, pedimos que cada um colabore na sua proporção e possibilidades. Não é, claro, obrigatório. Como nada na Igreja é obrigatório. No entanto, como Cristãos não podemos deixar de imitar aquilo que os primeiros irmãos na fé testemunham no livro dos Atos dos Apóstolos: “Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2, 42).
Desejo a todos a continuação de uma Santa e Feliz Páscoa!
Do Vosso Pároco, Pe. João Soares, CM