A todos vós, caros diocesanos, quero dirigir a minha saudação amiga e fraterna. Depois deste tempo de exílio em nossas casas, podemos agora celebrar de novo o culto público católico.  Celebramos a Solenidade de Pentecostes e o último dia do mês dedicado a Nossa Senhora. É tudo um dom do Espírito Santo, uma graça, fruto da oração da Bem-Aventurada Virgem Maria e de cada um de nós. Durante este tempo de pandemia fizemos crescer o ambiente de fé nas nossas casas, pequenos cenáculos, ajudados pela ação dos Meios de Comunicação diversos, através dos quais pudemos acompanhar, de modo particular, a celebração da Eucaristia. Eu mesmo a ofereci todos os dias por vós. Agradeço as orações e sacrifícios que cada um de vós fez pelo vosso Bispo e pela Igreja.

Com liberdade e responsabilidade retomemos agora a celebração comunitária e pública da Eucaristia, ainda que envolvida em rigorosas orientações de segurança e prevenção de contágio.

Rezo e peço a todos que rezem para que não seja por falta do cumprimento das orientações que surjam novos focos de contágio.

Que a Bem Aventurada Virgem Maria, a mulher do serviço e do cuidado, nos ajude e ensine a pôr em prática tudo aquilo que nos é pedido.

Viseu, 29 de maio de 2020

+ António Luciano dos Santos Costa, Bispo de Viseu

Vivemos este ano o mês de maio sem podermos rezar o Terço em comunidade e sem realizar as tradicionais procissões, em que a comunidade participava sempre com grande devoção e entusiasmo. 

Contudo, não duvidamos que Nossa Senhora do Céu vela por nós. Ela é nossa Mãe!

Como sinal de louvor e de ação de graças, no último dia de maio, domingo, pelas 18:30 h., numa iniciativa da catequese, irá ser largado, a partir do adro da igreja paroquial, um Terço feito de balões, com mensagens das crianças. 

Procuremos acompanhar, a partir de nossas casas ou visualizar na internet. A essa hora, rezemos todos uma Ave-Maria pedindo a intercessão de Maria para que sejamos livres da pandemia que espalha medo e morte pelo mundo.

Caros paroquianos,

nos dias 30 e 31 de maio poderemos de novo celebrar com a participação do povo nas nossas igrejas, o que muito nos alegra.

Contudo, só o podemos fazer debaixo de rigorosas medidas de prevenção contra o COVID-19 para salvaguarda da saúde pública, pelo que as devemos acolher com todo o sentido de responsabilidade e paciência.

Ficam algumas considerações importantes:

A humanidade global ficou doente com o coronavírus COVID-19. Se no início da pandemia procurámos ser proativos nas medidas, agora, num estado de transição gradual para uma “nova normalidade”, queremos fazê-lo com liberdade e responsabilidade marcadas pela esperança.

É missão de cada um de nós – em estreita colaboração (pastores e povo de Deus) – participar de modo ativo em todo este processo, pois isso tem a ver com o nosso cuidado pastoral. Só assim conseguiremos criar as condições para um regresso seguro e feliz à celebração da fé em comunidade reunida. O que fizermos e como o fizermos demonstrará o nosso grau de empenho e de corresponsabilidade. Confiamos em todos, certos de que não deverá ser por negligência nossa que esta crise sanitária se agudize.