Pe. Miguel Abreu – Despedida

“Venho para o meio de vós como quem serve”. Foram estas as palavras que dirigi à Paróquia quando há 20 anos assumi a responsabilidade de Pároco, mais precisamente no dia 17 de Setembro de 1995. Nesse dia vinha acompanhado por três pessoas que já estão na casa do Pai: o senhor Bispo, D. António Monteiro e os meus pais. Agora parto igualmente acompanhado por eles e por cerca de 630 paroquianos que acompanhei à chamada “terra da verdade”, pois estou certo que estão no Céu e que caminham connosco, quais Anjos da Guarda. E parto confortado com a amizade de todos vós que durante estes 20 anos fostes a minha verdadeira família a quem me senti unido por laços muito mais fortes do que os laços do sangue. Aliás para quem vivi? Para vós e tenho a consciência plena de que não me poupei a esforços, trabalhos e canseiras, no meio de muitas imperfeições e fragilidades, para estar no meio de vós como quem serve. Vós fostes a minha alegria e tantas e tantas que elas foram. Vós fostes a minha realização sacerdotal e quanto eu me senti realizado no meio de vós. Convosco procurei viver que o discípulo não é mais do que o Mestre e só Deus sabe se o consegui viver tão profundamente.

Olhando para estes 20 anos quanta graça de Deus eu não recebi, quanta força não veio do Alto, quanta inspiração do Espírito Santo, quanta presença materna da Virgem Maria, quanta protecção da nossa padroeira, Santa Maria Madalena! Sinto que fui um mimado por Deus a quem nunca agradecerei totalmente o amor que Ele sempre teve para comigo, apesar dos meus pecados. Sim, Deus nunca faltou e só assim foi possível tudo quanto aconteceu ao longo destes vinte anos à frente da paróquia do Campo. Posso dizer com toda a verdade, que caminhei com uma mão em Deus e a outra em vós que me ajudastes, que fostes colaboradores exemplares, do melhor que se conhece, sinal de que amais a Igreja à qual todos pertencemos e que queremos servir. E é o serviço concreto, desprendido e amado que nos realiza e que, olhando para trás, nos leva a dizer, valeu a pena e como foi possível realizar tanta coisa? Não sei se realizei tudo quanto Deus me pediu e sugeriu, certamente que não. Não sei se fui um modelo para vós, certamente não tanto quanto deveria, pelo que peço perdão a Deus e a vós. Não sei se fui aquela presença de Jesus no meio de vós, como deveria, mas conforta-me a experiência de São Paulo: “é nas minhas fraquezas que se manifesta a força de Deus”. Foi a força de Deus que nos ajudou a abraçar tantas causas cívicas nas quais esteve envolvida a Paróquia. Destaco algumas mais emblemáticas: A Escola Ebis Jean Piaget de Vila Nova que todos reconhecemos foi uma mais valia para a freguesia, apesar da desconfiança inicial e foi importante a nossa presença para ajudar a retirar alguma neblina que se tinha formado, cuja Escola felizmente se impos nesta zona escolar com tantos beneficios culturais e laborais. Fizemo-lo apenas animados pelo amor à Comunidade. O acolhimento que se preparou para as crianças pobres e órfãs que vieram de Angola para estudarem aqui no Piaget. Recordo que 40 famílias da paróquia se mobilizaram, fazendo obras de adaptação nas suas próprias casas para acolher as crianças. Infelizmente este projecto não foi avante, como nos tinha sido apresentado. Mas valeu e fica na memória de nós todos o esforço e o carinho com que nos envolvemos num projecto que se tivesse decorrido como o previsto, teria sido extraordinário em humanidade. Não podemos esquecer o acolhimento e a ajuda aquando da vinda de tantos imigrantes ucranianos que se instalaram na nossa freguesia e que nós envolvemos numa semana cultural da paróquia. Já para não falarmos da resposta económica que demos aquando do catastrófico Tsunami na Indonésia e no Terramoto do Haiti, para além de tantas outras que seria cansativo enumerar, mas que ficam como gestos de causas abraçadas.

Nunca se começa do nada e não é connosco que se mica a história. Tive o privilégio de suceder a dois grandes Párocos desta Paróquia; refiro-me ao senhor Cónego Mercier e ao senhor Padre António Neves, que há poucos dias partiu para a Casa do Pai, cujo nome solicitámos à Junta da Freguesia passe a fazer parte do toponímia da freguesia sugerindo o largo em frente da igreja de Moure de Madalena; sacerdotes estes que ficarão na história recente da Paróquia como dois marcos e duas referências. Cada Pároco procura continuar a acção do seu antecessor, imprimindo-lhe a sua marca que tem a ver com a sua maneira de ser, pois a pessoa não é uma pedra, tem a sua sensibilidade, dando mais atenção a esta realidade ou àquela, sempre na fidelidade aos valores do Evangelho e à Igreja. E porque a Igreja está na história e caminha com a história dos homens é natural e necessário que a Comunidade se abra a caminhos novos para melhor responder aos desafios do homem de hoje e encontre os meios de anunciar o Evangelho aos tempos novos. Foi isso que procurámos fazer com entusiasmo e dedicação, contando sempre com a colaboração extraordinária dos paroquianos, apesar das nossas imperfeições. Recordo a atenção às crianças e jovens em que elenco algumas realidades que deixaram em mim marcas inesquecíveis e que foram fonte de muita alegria: a fundação do Agrupamento 1184 por onde passaram tantos escuteiros e que no próximo ano fará 20 anos de existência. Quanto bem e quanta orientação para a vida foi dada por este movimento católico, graças à dedicação e perseverança dos seus dirigentes, na sua maioria presentes desde a sua fundação. O nosso sentido reconhecimento para eles. Não posso deixar de manifestar a minha alegria pela recente requalificação do espaço onde funciona a sede do Agrupamento. Não posso esquecer o trabalho realizado com os jovens quer dentro, quer fora da Paróquia e que em múltiplas manifestações representaram a Paróquia. Apenas refiro os vários festivais da canção, as Jornadas Mundiais da Juventude. Estou certo que tudo o que foi feito por eles e com eles dará os seus frutos, apesar do ambiente de indiferença religiosa que afecta a sociedade dos nossos tempos e em especial os mais novos, porque mais frágeis e mais expostos. Quantos momentos belos e plenos de alegria passados no ambiente juvenil e que ainda hoje sentimos nos contactos que vamos tendo no dia a dia. Alegria igualmente sentida com as crianças e adolescentes em tempo de caminhada da catequese. Quanta vida não aconteceu! Quantos nomes não foram fixados para os podermos identificar assim como às suas famílias e em muitos casos, poderíamos fazer a árvore genealógica e quantos não identificávamos pela “pinta” e até os chamando pelo nome dos pais e até dos avós. Muitíssimos foram os momentos vividos juntos com eles e os seus pais em momentos de formação e de preparação para as várias etapas da vida cristã. Recordo os 1074 Baptismos, as 831 Primeiras Comunhões; as 875 Profissões de Fé e os 784 Crismas. Quanto trabalho, dedicação e empenho das centenas de Catequistas que ao longo destes anos deram à Catequese Paroquial. O meu profundo agradecimento aos Catequistas a quem procurámos ajudar na formação, proporcionando retiros, cursos e encontros de formação. Quanto não foi feito ao nível e ao serviço da Catequese! Destaco a animação da Peregrinação das Crianças a Fátima em 2010 e em 2014 com os musicais apresentados na Basílica da Santíssima Trindade e que continuam a ser uma referência por parte dos seus responsáveis. Destaco ainda a construção de espaços para que as crianças e adolescentes tivessem salas condignas para aí terem as suas sessões de catequese. Os “piolhitos”, as “piolhitas”, como tantas vezes as chamava, vão comigo no coração.

No coração estiveram as famílias com quem contactámos de diversos modos e em tantas circunstâncias, em momentos de enorme alegria e em situações de sofrimento. Presidimos a 348 matrimónios, a dezenas e dezenas de Bodas de Prata e de Ouro. Introduzimos na paróquia o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Uma atenção muito especial foi dada aos idosos e doentes, concretizada nas dezenas e dezenas de visitas que fiz às suas casas e na frequência assídua ao hospital para visitar os doentes. Para sensibilizar a Comunidade para esta realidade, instituímos a Festa Anual do Doente e do Idoso na Paróquia, festa esta que se realizou sem interrupção ao longo destes vinte anos, sendo a última no passado dia 19 de Julho, no contexto da Semana Cultural que teve como tema “o Idoso no coração da Família”. E neste âmbito foram criados os grupos de Visitadores dos Doentes a quem agradecemos vivamente, assim como aos Ministros Extraordinários da Comunhão que domingo a domingo levam Jesus Eucaristia aos doentes, sem esquecer o Secretariado Paroquial do Movimento da Mensagem de Fátima pelo trabalho realizado com e junto dos doentes. E a pensar nas famílias e naqueles que partem para o Pai, de modo a terem um velório condigno, foi construída em cada povoação uma sala mortuária.

Quando da minha chegada propus-me “caminhar e construir convosco uma paróquia que seja cada vez mais Comunidade e Comunhão”. Daí o dar atenção e espaço aos Órgãos de Corresponsabilidade. Reconduzi o Conselho Económico, então nomeado para preparar a mudança de Párocos, e com ele preparámos o novo paradigma da economia da Paróquia e do sustento do Pároco. Foi uma decisão e um passo muito importantes, dos primeiros a serem dados na Diocese, pelo que a economia paroquial não fica centralizada no Pároco, mas sim no Conselho Económico, cujos resultados estão bem à vista de todos e para bem da própria Paróquia com a consequente transparência. Procurámos gerir o melhor que soubemos os recursos materiais, dotando a Paróquia daquelas estruturas absolutamente indispensáveis para o exercício pastoral dos novos tempos e que ninguém pode apagar. Muito foi feito. E como diz o povo “vale mais a quem Deus ajuda, do que a quem muito madruga”, a Paróquia fica com um razoável fundo de maneio para aquilo que o novo Pároco com o Conselho Económico entender por bem dele fazer uso. Trabalhámos no presente e não esquecemos o futuro, como fazem os pais que gostam de deixar alguma coisa para os filhos. Agradeço aos vários Conselhos Económicos o seu empenho, a sua honestidade e colaboração amiga. Ainda na linha da Comunhão, findámos em tempo oportuno o Conselho Pastoral Paroquial que como órgão de corresponsabilidade pensou, programou e decidiu sob a presidência do Pároco a Pastoral para a Paróquia ao longo destes muitos anos, concretamente os Planos Pastorais e iniciativas pastorais que foram implementadas ao longo do tempo. Para os Vários Conselhos Pastorais vai igualmente o meu reconhecimento e gratidão pela colaboração pastoral prestada. Ainda no tocante à corresponsabilidade, instituímos as Comissões de Culto em cada uma das igrejas da Paróquia. Considero que foi das iniciativas mais valiosas que tomámos, cujos frutos são bem evidentes quer na renovação, conservação e nalguns casos da ampliação dos templos e espaços pastorais, quer na construção de novos espaços pastorais que todos nós bem conhecemos. O meu sincero agradecimento às várias Comissões de Culto pela disponibilidade, trabalho e dedicação em prol das nossas igrejas que são as casas de Deus para todos nós, e como elas estão dignas com a colaboração das incansáveis zeladoras a quem agradecemos igualmente. Também em relação às Comissões de Culto, cada uma delas tem um findo de maneio em ordem a responder a alguma necessidade futura para o que muito contribuiu o saldo entregue pelas várias mordomias das festas religiosas a quem presto o meu reconhecimento pelo serviço prestado.

Não se pode construir a Comunidade sem a oração e a celebração dos mistérios da fé. Procurámos dar atenção aos momentos da oração comunitária, de um modo especial nos primeiros domingos de cada mês e destaco a experiência feita recentemente aquando das 24 horas para o Senhor, com a oração ininterrupta na nossa matriz. E ligado a esta dimensão orante, destaco a oração mariana durante o mês de Maio com as Procissões de Velas que iniciámos há vários anos e que já faz parte da vida da paróquia, sendo também elas uma oportunidade para ligar e unir as gentes dos vários povos. Não posso esquecer a experiência recente da visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora à Paróquia, pois trata-se de um momento histórico na vida da comunidade paroquial. Como não poderia deixar de ser, a celebração da Eucaristia, ocupou um lugar central na vida litúrgica da Paróquia com uma bela participação de todos e aproveito para agradecer a participação extraordinária dos grupos corais dos povos e do grupo coral paroquial, assim como dos muitos leitores e dos acólitos e dos juízes da igreja. Demos atenção à chamada piedade popular e daí o incentivo às peregrinações/caminhadas a lugares marianos no mês de maio. Ainda nesta dimensão, procurámos deixar alguns sinais públicos de fé tendo como motivo, a celebração de vários acontecimentos, pelo que recordo o monumento dedicado a Nossa Senhora da Conceição nos 150 anos da proclamação do dogma da Imaculada Conceição. Igualmente o monumento dedicado a São Paulo aquando do Ano Paulino, o monumento do Ano da Fé, o monumento de Nossa Senhora do Rosário para marcar os 385 anos da nossa Irmandade que todos nós estimamos e louvamos a sua missão. Estava previsto o Monumento em honra do Sagrado Coração de Jesus para recordar os 125 anos da existência da Associação do Apostolado da Oração, mas não foi possível concretizá-lo pela mudança que aconteceu. Na minha tomada de posse dirigindo-me aos Movimentos, disse: “Conto com todos os Movimentos de Apostolado organizado na Paróquia”. E como foi enorme e preciosa a vossa colaboração em tantos momentos da vida da Paróquia para além da vossa actividade habitual. Muito vos devo assim como a comunidade pelo vosso empenho e colaboração leal como aconteceu recentemente na Semana Cultural por vós organizada. Quanta cadeia de oração e de atenção por vários sectores da vida da Comunidade. Atento à realidade do mundo presente, procurámos encontrar alguns meios de evangelização, entre os quais destaco o jornal “Terras de Santa Maria Madalena” que nasceu de uma decisão do Conselho Pastoral e que tem sido um elo de comunhão entre todos os que amam a sua terra e que se manteve desde Novembro de 1998 até aos nossos dias, ultrapassando as dificuldades inerentes a tudo o que é inovação. Hoje conta com 900 assinantes o que demonstra inequivocamente o seu interesse e vitalidade, chegando a casa dos assinantes sempre a horas, no final de cada mês. A vida não se improvisa, nem se adia. Os meus sinceros agradecimentos ao Conselho de Redação, aos colaboradores, assinantes, leitores e ao Agrupamento 1184 que mês após mês fez a sua indispensável dobragem e colaborou na recolha da contribuição dos assinantes no contexto da visita pascal, cuja tradição se manteve, quer fizesse sol, quer chovesse e que mereceu uma reportagem na televisão e no jornal diocesano, o Jornal da Beira. Uma realidade neste contexto de evangelização que me entusiasmou e de que maneira, foi a “Folha ao Domingo” que semanalmente era distribuída e esperada no final das missas dominicais, para já não falar da página no Facebook, que iniciei há um ano, após muitas resistências da minha parte e que se tornou para mim e para tantos que a seguiam um belo modo de comunicação e de divulgação de acontecimentos relevantes da vida social, cultural e religiosa das nossas terras. Quanta gente esperava por notícias acompanhadas das fotos que mostravam as maravilhas que aconteciam. Muitas horas gastas como forma de servir as nossas gentes. Reconhecemos que não conseguimos tirar todo o proveito que a página da Internet nos poderia proporcionar, apesar das tentativas que fizemos em dinamizá-la. Desejo que isso aconteça no futuro. Vimos que a cultura pode ser também um meio de evangelização e por isso nasceu a ideia de promover a Semana Cultural da Paróquia no contexto da Festa de Santa Maria Madalena que teve 12 edições com temáticas diferentes e com promotores representativos das estruturas paroquiais. A todos os seus promotores ao longo destas edições, o nosso reconhecimento. Recordo que a 1ª foi em 2000 e debateu a temática do euro. Alegra-nos ver que outras instituições, a seu modo, tentaram seguir a nossa iniciativa. Igualmente o teatro mereceu a nossa atenção como forma de evangelização, não imaginando as realizações que viríamos a fazer. Em boa hora fundámos, com ajuda do senhor Padre Bezerra, Missionário Passionista, o grupo de Teatro “Ondas do Campo” que apresentou a sua 1ª peça “O Padre que se drogou” na noite do dia 21 de Julho de 2006 no contexto da sexta Semana Cultural. Outras peças se seguiram e ainda motivados pelo grupo de teatro dos passionistas lançámo-nos na apresentação da Entrada Triunfal de Jesus e um passo mais audaz foi dado com a apresentação da Via Sacra na cidade de Viseu, em 2008 e que se repetiu durante sete anos seguidos, tendo sido a paróquia do Campo a pioneira destas manifestações religiosas na nossa cidade e que motivou um grande apreço pela nossa paróquia por parte de toda a Diocese e teve o privilégio de presença televisiva. O nosso agradecimento a todos os que deram corpo, colaboraram e participaram em todas estas realizações teatrais. Alegra-nos ter sido pioneiros. Uma outra iniciativa de cariz cultural-religioso e que tem mobilizado as várias povoações da freguesia foram as Festas das Colheitas, tendo sido em 24 de Setembro de 2006, em Moselos, a primeira realização. Outras se seguiram nos vários povos até aos nossos dias. Parabéns a todos.

Diz-me muito o recordar aquele pedido que manifestei no dia da minha entrada na Paróquia: “Peço que me ajudeis a saber dar a vida por todos, a cuidar de todos, a ter solicitude pastoral por todos, a amar a todos”. Procurei ser fiel a esta vontade, não sem falhas, pelo que peço desculpa a quem, porventura, não ajudei, nem amei, tanto quanto deveria. Quantos passos não foram dados dentro e fora motivados pela solicitação pastoral em favor de quem, naquele momento concreto, precisava de uma mão amiga, sempre com a ajuda do Secretariado da Pastoral Social a quem agradeço profundamente toda a sua dedicação e atenção aos que se encontravam em situação difícil. E quantas pessoas ao longo destes 20 anos não beneficiaram da sua atenção! Foram medicamentos, foi alimentação, foram facturas de electridade, rendas de casa, encaminhamentos para vários benefícios estatais! O último gesto com maior visibilidade foi a compra de uma habitação por parte da Fábrica da Igreja por proposta do Secretariado da Pastoral Social em favor de uma pessoa carenciada para poder beneficiar de apoios municipais à habitação. Foi precisamente a pensar nos mais frágeis, as crianças e os idosos, ajudando assim as suas famílias, que pensámos na construção do Centro Social Paroquial. Após um longo caminho e não sem muitas dificuldades de vária ordem, concretizámos este projecto de grande alcance que teve várias etapas, tendo sido inaugurada a 1ª fase no dia 8 de janeiro de 2006 e a 2ª fase no dia 19 de Janeiro de 2014. A obra aí está e o bem que ele realiza está à vista. Ele aí fica e desejamos que continue a realizar tanto bem em favor de quem precisa. Os meus profundos agradecimentos aos membros dos vários órgãos sociais e de um modo especial aos membros da Direcção que me acompanharam desde o seu início. O seu empenho e dedicação foram fundamentais e a eles se deve, em grande parte, a sua existência. Um agradecimento sincero aos 50 funcionários que têm feito o seu melhor em favor dos seus utentes. Felizmente temos um excelente quadro de técnicos nas várias áreas e um bom corpo de outros colaboradores que garantem um serviço de qualidade e que colocam o Centro Social Paroquial como referência de qualidade na nossa zona. Para eles o meu muito obrigado. Agradecimento extensivo aos vários voluntários que em tantas áreas colaboraram com o Centro. Como é do vosso conhecimento, nunca houve comparticipações estatais para a sua construção e seus equipamentos. Temos tido sim alguns acordos pelos serviços prestados. Entretanto, o Centro não tem dívidas e conta com um pequeno fundo de maneio para alguma emergência. Esperamos que no futuro ele mantenha a sua sustentabilidade e aprofunde a sua abertura à comunidade através dos ateliers já existentes e outros que possam surgir com a ajuda da Biblioteca que está a nascer e à qual doei muitos dos livros que me acompanharam desde os tempos de aluno e muitos já dos tempos de sacerdote e de professor.

Agradeço o apoio e a atenção de todos os sacerdotes, religiosas e religiosos da Paróquia que me dispensaram durante estes anos e lembro o Dia do Consagrado que promovemos ao longo de vários anos.

Agradeço igualmente a colaboração e o bom relacionamento com a Câmara Municipal e com os vários membros da digníssima Junta da Freguesia e das várias instituições culturais, nomeadamente, as Associações Culturais e Recreativas, as Escolas Primárias e Jardins de Infância e a EBIS Jean Piaget.

Finalmente, agradeço toda a colaboração amiga que vós me destes ao longo destes 20 anos e peço que continueis a rezar por mim e peço que acolhais o vosso novo Pároco como dom de Deus, colaborando com ele de forma leal e amiga. Alegra-me a requalificação recente da Residência Paroquial pelo que o senhor Padre Manuel António Rocha dispõe de um espaço condigno para o uso que ele assim entender.

Muito obrigado a Deus, à Virgem Maria, a Santa Maria Madalena e a todos vós.

Ámen!